terça-feira, 15 de junho de 2010

Artigo #1

Saudações bloguistas a todos os seguidores.

É norma, quando alguém começa um blog, escrever desenfreadamente nos primeiros dias sobre qualquer baboseira que sirva de pretexto, para umas parcas semanas adiante na régua temporal não se resistir a uma invasão de enfado crescente. é que os blogs são um brinquedo como qualquer outro, bonitos saidos do embrulho, indistintos das rotinas e universo de sentido quotidiano uma estação seguinte, ou se preferirem, são como uma mulher gostosa à vista, mas de intlecto frágil e pouco conhecedora de técnicas sexuais, constatado mais microscopicamente.

Desde já marcamos a diferença pelo profissionalismo: deixamos o público na expectativa, comandamo-lo em vez de o deixarmos comandar-nos, e não o vamos desiludir.

Seria demasiado fácil entrar por temas obscuros, nos quais poucos têm real interesse, demonstrando o carácter intlectual e vanguardista do blog, mas não entramos por essas estradas, que, por mais sinalização que tenham parecem dar sempre a vias sem saida.

Vamos antes abordar o tema do momento, o campeonato do mundo de futebol, e em concreto, será analisado ao pormenor o jogo mais importante da “Copa” até ao momento, o confronto colonial entre Inglaterra e EUA. Para o fazer, contamos, para além da minha opinião, com os depoimentos de Rafael Arrais e João Leitão.



Lucas Neves

Inglaterra tem o melhor campeonato do mundo, entre outros motivos, porque tem também um dos mais desregulados no que diz respeito às limitações impostas por nacionalidade na incrição de atletas. Seria errado dizer que os ingleses não apostam na formação, fazem-no de forma eximia, ao contrário de outras grandes equipas que preferem gastar balurdios em jogadores feitos. Mas fazem-no ao contratar em massa jovens franceses de 16 anos, africanos, leste-europeus etc. deixando pouco espaço para os jovens ingleses se desenvolverem.

Robert Green é um bom guarda-redes, ao nivel do Scott Carson e do David James, mas não tem culpa de, nesta fase da sua carreira, nunca ter jogado na Liga dos Campeões, nem em grandes clubes do seu país, sorte que, por exemplo, o goleiro americano Tim Howard teve quando Carlos Queiroz aconselhou a sua contratação ao Manchester United, clube onde guarda-redes miseráveis como Roy Carroll tiveram minutos de jogo que comprometeram a equipa. A história é sabida de todos: Edwin Van der Sar, Peter Cech, Pepe Reina e Manuel Almunia dominam a baliza dos grandes clubes ingleses, têm como substitutos Kuzkzack, Hilário, Diego Cavalieri, Vito Manonne e Fabianski, e em provas como o campeonato do mundo, onde a força mental é crucial, reflecte-se a falta de experiência em momentos de pressão.

Green falhou, é motivo de risota em todo o mundo, talvez tenha direito a um apelido jocoso como o seu colega David “calamity” James, os comentadores vão sentir-se á vontade para o ridicularizar ao longo do que resta da prova, e quiçá da carreira (afinal, toda a gente gosta de ter autorização para fazer pouco de outro, pelo menos os mais inseguros e pobres de espirito) mas a culpa é do modelo inglês e de quem não o preparou. Não acontece só na posição de guarda-redes, jogadores como Ledley King, Shawn Wright-Philips ou James Milner não estão preparados para uma prova deste nivel (nem falo sobre o atentado que é ter o Heskey a titular numa suposta potência do futebol mundial). Há 2 anos, a culpa não foi de Steven McClaren, simplesmente, no país onde mais e melhor se vive o futebol, um jovem que aspire ir longe neste negócio, talvez devesse, desde logo, equacionar a possibilidade de emigrar para evoluir noutros campeonatos. Funcionou com o Hargreaves.

Numa pequena nota final, acho que não há jogo em que o Lampard esteja em campo e eu não ouça da boca de um comentador algo similar a “Frank Lampard, hoje um pouco abaixo do nivel a que nos habituou”. As pessoas, ao constatar que Lampard não é um extremo desiquilibrador/craque "brinca n'areia", partem do principio que ele é um jogador consistente, o que é uma inverdade do futebol, o Lampard é um jogador que decide mas que muitas vezes não é constante, não vem atrás receber a bola como o criativo que não é para construir jogo. Lampard é um desiquilibrador, diferente do desiquilibrador latino clássico, mas é um desiquilibrador e jogador de último terço, mas é complicado sê-lo num 4-4-2 em que não tem Essien, Mikel e/ou Ballack a acompanhá-lo e a recuperar bolas por ele.


Rafael Arrais

O empate dos Estados Unidos com a Inglaterra foi dos piores resultados possíveis para os Estados Unidos. Pior seria, se o jogo tivesse ficado empatado 0-0, sem golos de todo. Apesar de ser época de finais de ligas como a NBA e a NHL, acredito que haja uma parte significativa da população americana que durante este mês dá uma espreitadela aos jogos que vão se realizando na África do Sul. Ora, sendo um facto mundialmente aceite que o futebol é um jogo desinteressante, a ausência de golos, ou um empate depois de 90 minutos de passes de bola e corridas sem sentido não fazem nada bem à imagem do futebol na terra do Tio Sam.


João Leitão

2 de Maio de 2010, Dempsey marca Green. 12 de Junho, mesmos intervenientes, circunstâncias distintas. David James, o mais experiente dos três guarda-redes convocados por Capello não está a 100%, Joe Hart nunca completou um jogo pelos três leões. Fabio opta pelo que tem sido o seu gurda-redes nos últimos jogos de preparação, um meio-termo entre a qualidade de Hart e a experiêndia de James. Green parecia nervoso no túnel, mais do que após o jogo. Hart fez uma época brilhante pelo Birmingham e em campo pouco importam as internacionalizações anteriores. O que aconteceu podia ter acontecido a qualquer guarda-redes, mas mesmo à partida Hart teria sido a melhor escolha. Deverá ser para a próxima partida e para as restantes.

Na defesa, Terry esteve seguro, King cedeu e Carragher não teve ritmo. Um novo central poderá estrear-se ante a Argélia. Glen Johnson esteve bem nas subidas e chegou a criar perigo na área, tal como Lennon. Ashley Cole também, mas só apareceu no jogo depois da saída de Milner por Wright-Phillips. Milner estava fora de posição e terá sido um erro colocá-lo na ala. Jogou muito defensivamente, fez muitas faltas e aparentou estar em baixo de forma. Fez falta Barry a segurar o meio-campo dando liberdade ao ataque. O 4-4-2 mostrou-se muito disperso com os jogadores a não parecerem confortáveis com o sistema. Lampard pouco se viu no jogo. Gerrard por outro lado motivou a equipa como capitão, tendo sido o melhor em campo, com preciso nos passes e a defender, para além do golo marcado. No ataque Heskey mostrou algumas boas movimentações mas devia ter finalizado melhor. Rooney mostrou alguma garra mas a frustração do resultado prejudicou-o na 2ª parte.

Nos EUA, Donovan foi o melhor, sendo que ele e Dempsey tomaram conta do meio-campo americano, criando boas situações de ataque que não foram concretizadas pelos avançados. Fiddley raramente aparecia em posição, enquanto que Altidore falhou em finalizar.

Tendo em conta o jogo entre Argélia e Eslovénia, EUA e Inglaterra não deverão ter dificuldades em sair da fase de grupos, mas se os americanos estavam perto do melhor que podem fazer, os britânicos podem e devem melhorar em vários aspectos, pois têm equipa para isso.

sábado, 12 de junho de 2010

Um novo blog

este é o mais recente blog da blogosfera, onde será abordado um pouco de tudo. espero que gostem xD